segunda-feira, 17 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem - crônica "Pausa" de Moacyr Scliar

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
9º ano
TEXTO: "PAUSA" de MOACYR SCLIAR
Sequência didática organizada a partir do estudo dos textos: “Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona)”, de Joaquim Dolz & Bernardo Schneuwly, e “Letramento e capacidades de leitura para a cidadania”, de Roxane Rojo. 
Nº de aulas: 06
Objetivos:
  • Fruição do texto.
  • Incentivar a criatividade de produção literária, no gênero crônica.
  • Superar a heterogeneidade da turma, através do trabalho em grupo.
  • Retomar o conteúdo anterior sobre tipologia e gênero.

Antes da leitura
(Levantamento sobre a forma do texto e autor)
1- Levantamento prévio sobre a tipologia e o gênero. ( atividade oral)
  • Quais as tipologias que vocês conhecem?
  • O que é uma tipologia?
  • O que é uma narrativa?
  • Quais os gêneros narrativos que vocês conhecem?
 2- Recuperação de informações sobre o autor e contexto de produção. ( atividade oral)
  • Quem é o autor?
  • Onde ele nasceu?
  • Quais as principais obras?
 3- Pesquisa dirigida sobre o autor.
  • Biografia de Moacyr Scliar.
  • Roda de conversa (socialização dos resultados da pesquisa).
Durante a leitura
(Ativação do conhecimento de mundo/ levantamento de hipóteses/ busca de informação relevante para a construção final do texto/ produção de inferências)
 1- Leitura do texto em grupo (até 18º parágrafo).
 2- Produções de inferências globais.
  • Através das trocas de ideias sobre os possíveis finais da crônica.
  • Construir o final do texto que foi lido, com seu conhecimento de mundo.
 3- Identificação de pistas linguísticas responsáveis pela continuidade ou pela progressão temática.
  • Identificação no corpo do texto: palavras, expressões, situações (impressões) que justifiquem a escolha do final.
 Depois da leitura
(Checagem das hipóteses levantadas/ elaboração de apreciações relativas a valores éticos “discussão com olhar crítico”)
 1- Troca de impressões a respeito dos desfechos do textos produzidos.
  • Que cada grupo construiu no final do texto (exposição oral)
 2- Troca de ideias referentes às produções.
  • Por que Samuel utilizou outro nome?
  • Você pensa que Samuel faz algo errado? Comente.
 3- Apresentação da crônica na íntegra e discussão em relação com os desfechos produzidos.
  • Quais fatores fizeram com que vocês chegassem a essa conclusão para produzirem esse final para o texto?
  • A avaliação crítica do texto em relação com os desfechos produzidos.

Material de apoio:
  • Dicionário.
  • Pesquisa na internet (utilização da sala de informática da escola).
 Exposição da produção final:  Varal.

 Referências Bibliográficas 
SCLIAR, Moacyr. Pausa. In: BOSI. Alfredo (Org.) Conto Brasileiro Contemporâneo. São Paulo: Cultrix, s/d. p. 275-277.
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (Francófona). In: ______. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2012. p. 35-60.
ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. In: Curso EaD/EFAP. Leitura e escrita em contexto digital – Programa Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade. 2012.
  Elaborada por Andréa B. C. Rosa.

Situação de Aprendizagem construída a partir do texto "Avestruz", de Mário Prata

Tempo previsto: 4 a 6 aulas.

Objetivos:
Explorar, desenvolver e ampliar capacidades de leitura;
Ler para trabalhar os elementos da narrativa.

Público-alvo: 6º ano do Ensino Fundamental - Ciclo II.

Recursos: dicionário de Língua Portuguesa; texto; data show; internet; varal ou mural da classe.


PROCEDIMENTOS DE LEITURA

ANTES DA LEITURA

Breve apresentação da biografia do autor Mário Prata (uso do data show), comentários e apresentação do suporte textual.

1. Antecipação do tema
Vamos ler um texto que tem como título "Avestruz". Sobre o que será a história?
2. Levantamento do conhecimento prévio
Você já viu um avestruz? O que come? Como é esta ave?
3. Levantamento do conhecimento prévio
Quem já ouviu a expressão "ter estômago de avestruz"? O que significa?


DURANTE A LEITURA (compartilhada)

1. Identificação das pistas linguísticas
Onde a história acontece? Em que época acontece? Que palavra pode indicar a época?
2. Confirmação ou retificação das antecipações
A descrição do avestruz, no terceiro e no quarto parágrafos, corresponde à ideia que você teve anteriormente?
3. Utilização das pistas linguísticas para compreender a hierarquização das proposições, sintetizando o conteúdo do texto
Que desejo da personagem motivou a sequência dos fatos?
4. Inferir informação explícita
Quais as personagens da história?


DEPOIS DA LEITURA

1. Construção da síntese semântica do texto
Quais foram, na sequência, os fatos importantes da história? Qual o elemento complicador no texto?
2. Utilização, em função da finalidade de leitura, do registro escrito para melhor compreensão
Quais os elementos da narrativa?
3. Inferir informações
Qual a justificativa para a escolha do título? Que passagem é responsável pelo tom engraçado do texto?
4. Elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos
Você gostou da história? Já tinha lido outra semelhante? Percebeu que o autor escreveu "deus" com letra minúscula? O que isso pode sugerir: intimidade/proximidade ou desrespeito?



OUTRAS SUGESTÕES

1. Ilustração e pesquisa
Após a leitura do texto, o professor pode trabalhar com imagens de avestruz e pedir aos alunos que façam pesquisas sobre o animal na internet (utilização do Laboratório de Informática da escola) para aprofundar o assunto da aula.

2. Exposição
Montagem de um varal ou mural para colocar em exposição os trabalhos produzidos pelos alunos.  



 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita - elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (Francófona). In: ______. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2012.

PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série / 6º ano vol. 2

ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. In: Curso EaD/EFAP. Leitura e escrita em contexto digital - Programa Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade. 2012.


Elaborada por Milena Prado.
Situação de aprendizagem elaborada nos encontros presenciais do curso “Melhor Gestão, Melhor Ensino”  e organizada a partir do estudo dos textos “Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona)”, de Joaquim Dolz & Bernardo Schneuwly, e “Letramento e capacidades de leitura para a cidadania”, de Roxane Rojo.
Texto “Avestruz”- de Mário Prata
OBJETIVO: desenvolver e ampliar capacidade de leitura e escrita por meio do gênero “crônica”.
CONTEÚDO: leitura e interpretação de texto, análise dos elementos recorrentes do gênero crônicas, estudo dos elementos da narrativa. 
Público-alvo: 6º ano do Ensino Fundamental.
Antes da leitura
Sondagem por meio das perguntas:
Vocês já ouviram falar sobre o escritor Mário Prata? Já ouviram ou leram alguma narrativa dele? Alguém se lembra de algum texto narrativo que leu e do qual gostou muito?
Breve apresentação da biografia do autor Mário Prata fazendo uso de data show, comentários e apresentação do suporte textual. 
ü  Antecipação do tema/ levantamento do conhecimento prévio
1. Vamos ler um texto que tem como título “Avestruz”. Sobre o que será esta história?
2. Você já viu uma avestruz? O que será que comem? Como é essa ave?
3. Quem já ouviu a expressão: “ter estômago de avestruz”? O que ela significa?
4) Que animal as pessoas costumam ter em apartamento?
5) Vocês já ouviram falar ou conhecem alguém que tenha um animal de estimação que não seja muito comum? 
6) Avestruz é um animal doméstico ou selvagem?
ü  Leitura compartilhada do texto
Durante a leitura: (Identificação de pistas linguísticas para compreender sintetizando o conteúdo do texto/ Checagem de hipóteses/ confirmação ou retificação das antecipações).
 1) Onde a história acontece?
 2)Em que época acontece? Que palavra pode indicar a época?
3) A descrição da avestruz no 3º e 4º parágrafos corresponde à ideia que vocês tiveram anteriormente?
4) Que desejo da personagem motivou a sequência dos fatos?
5) Quais as personagens da história?
Depois da leitura: (Usar os procedimentos de leitura e pedir que os alunos grifem com um traço as expressões indicativas da passagem de tempo e com dois traços, as personagens).
ü  (construção da síntese semântica do texto)
1) Quais foram, na sequência, os fatos importantes da história?
2) Qual o elemento complicador  no texto?
(utilização, em função da finalidade de leitura, do registro escrito para melhor compreensão)
3) Quais os elementos da narrativa?
4) Qual a justificativa para a escolha do título?
5) Que passagem é responsável pelo tom engraçado do texto?
Ao final dessa etapa, propor uma produção textual conforme o seguinte roteiro:
ü  Roteiro
Imagine que você conheça alguém que gostaria de ter em seu apartamento ou casa, um animal de estimação tão incomum (inusitado) quanto ao da crônica que acabamos de ler. Pense, pesquise sobre esse animal e reescreva o texto apresentando o bicho de estimação, o lugar em que os fatos acontecem, as personagens envolvidas e como a questão foi solucionada.
Lembre- se de adequar o título ao seu texto, que será lido para os colegas de classe.  Após essa etapa, trazer para as leituras compartilhadas, crônicas de Fernando Sabino, livro “Cara ou Coroa”, visando reforçar a compreensão sobre o gênero e promover o gosto pela leitura do texto literário.
 Referências Bibliográficas 
 PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/6º ano. vol. 2. Caderno do aluno (p. 9) e Caderno do professor (p. 18).
 ROJO, R. H. R. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. Texto de divulgação científica elaborado para o Programa Ensino Médio em Rede, Rede do Saber/CENP_SEE-SP e para o Programa Ler e Escrever – Desafio de Todos, CENPEC/SME-SP. SP: SEE-SP e SME-SP, 2004.  
SCHNEWLY, B; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas/São Paulo: Mercado das Letras, 2004.
 Elaborada por Jocelene de Fátima Pereira Cordeiro.

A situação de aprendizagem a  seguir foi elaborada nos encontros presenciais do curso “Melhor Gestão, Melhor Ensino” e visa o trabalho com as capacidades de leitura, citadas por Rojo (2004), envolvidas no ensino de gêneros orais e escritos, de acordo com Dolz e Schneuwly (2004).

Situação de aprendizagem: Crônica “Avestruz”, de Mario Prata.

Público- alvo: 6º ano do Ensino Fundamental

Objetivos da leitura
ü  Ler para produzir outro texto;
ü  Ler para situar socialmente um gênero textual;
ü  Ler para buscar informações no texto; 

Antes da leitura (Capacidades de compreensão: antecipação ou predição de conteúdos ou propriedades do texto)

1- Discussão oral (em grupos produtivos de três elementos)
Em grupos, discuta com seus colegas:
·         que presentes de aniversário você costuma pedir?
·         em geral esses pedidos são atendidos?
·         você conhece alguém que já tenha pedido um presente de aniversário estranho ou inusitado?

2 - Leitura de imagens
A)           Observe as imagens abaixo:

fig 1: camelo                                  fig 2: par de asas                            fig 3: ovo gigante

B)           Que animal poderia surgir dessa estranha mistura?
C)          Como esse animal pode ser classificado?
Ave (  )                       Pássaro(  )                       Mamífero(  )

C) Discuta com os colegas:
  • O que você espera de uma narrativa cujo título é “avestruz”?


Durante a leitura (Capacidades de compreensão: checagem de hipóteses e produção de inferências locais)

1- Escolha um aluno de seu grupo para realizar a leitura e voz alta.
2 - O aluno do grupo com mais dificuldade de leitura deverá reproduzir oralmente a crônica.
3- A ideia que você construiu sobre o avestruz antes da leitura coincide com as informações do texto?
4- Sublinhe no texto as características do avestruz.
5- Que palavras ou expressões dificultaram o entendimento do texto? Como você resolveu isso?

6- Pesquisa
A) Em grupo realize a pesquisa em torno da vida e a obra do escritor Mario Prata, em sites ou livros previamente selecionados pelo professor.
B) Resultados da pesquisa
C) Seu grupo deverá expor oralmente as impressões e principais informações sobre o autor. O professor sintetizará essas informações na lousa.
D) O aluno com mais dificuldades de leitura deverá copiar no caderno as informações sintetizadas pelo professor.
        
Depois da leitura (Capacidades de apreciação e réplica do leitor em relação ao texto: recuperação do contexto de produção do texto)

1-Responda:
A) Quem é o autor do texto e em que esfera ele atua (literatura, jornalismo, pesquisa científica, etc.)?
B) Para quem esse tipo de texto é produzido?
C) Em que veículos esse tipo de texto circula e onde?

2- Produção escrita

Produza em grupo um texto expositivo (verbete de enciclopédia) com as informações sobre o avestruz, utilizando termos científicos e outras informações encontradas no texto e em outras fontes. Esse texto deverá compor uma mini-enciclopédia da classe ao longo do ano.


Referências

PRATA, Mário. Avestruz. 6º ano, vol.2. Caderno do aluno p.9. São Paulo: SEE, 2013.

ROJO, R. H. R. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. Texto de divulgação científica elaborado para o Programa Ensino Médio em Rede, Rede do Saber/CENP_SEE-SP e para o Programa Ler e Escrever – Desafio de Todos, CENPEC/SME-SP. SP: SEE-SP e SME-SP, 2004.

SCHNEWLY, B; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas/São Paulo: Mercado das Letras, 2004.





domingo, 16 de junho de 2013

Situação de aprendizagem Crônica Avestruz Mário Prata


http://cdn.ruralcentro.com.br/1/2011/11/11/avestruz-4-full.jpg


 Objetivos – Ler por fruição despertando no aluno o interesse na leitura através do humor;
                 _ Reconhecer as características do gênero crônica.

Antes da leitura

1-      Levantamento do conhecimento prévio

Ø  Pesquisa na sala de informática, sobre a ave e seu habitat (para mais tarde relacionar com o espaço da crônica – apartamento) – Fazer em forma de verbete de dicionário (texto  expositivo)

2-      Recuperação do contexto de produção
Ø   Professor apresentará no data show síntese sobre a vida e obra do autor Mário Prata, com fotos.

3-      Antecipação do tema ou predição
Ø  Levantar hipóteses sobre o conteúdo da história a partir do título, através das perguntas:
           a) Do que se trata o texto?
           b) Qual é o assunto?
           c) O avestruz é personagem?
           d) Qual será a sua importância na história?
           e) Quando e onde você acha que aconteceu a história?

Ø  Levantar hipóteses a partir da formatação do texto, perguntando:
           a) É uma fábula?
           b) Uma poesia?
           c) Uma receita?
           d) Uma carta?
           e) Uma crônica?

Durante a leitura

4-      Checagem de hipóteses

Ø  Leitura integral do texto feita pelo professor;
Ø  Confirmar ou retificar as hipóteses levantadas a partir do título e da formatação do texto.

Ø  Levantar os elementos da narrativa, caracterizando o gênero crônica narrativa
           a) Quando aconteceu o fato?
           b) Onde aconteceu?
           c) Personagens?
           d) O que aconteceu? Qual é o assunto do texto?
           e) Qual é o foco narrativo?

Ø  Perguntar: É possível um avestruz viver em um apartamento? Por quê?

Ø  Elaborar um quadro coletivo com as características do gênero crônica
Ø  Perguntar:
a) Por que classificamos o texto lido como crônica?
            b) Há momentos no texto que indicam situações engraçadas  que provocam humor? Quais?



Depois da leitura

5-      Construção da síntese semântica do texto

Ø  Construção da síntese oral do texto
            a) Quem é o protagonista? Há mais personagens?
            b) Qual é o conflito vivido pelo personagem?
            c) Como resolveu seu problema?
            d) A solução final (desfecho) é satisfatória?

Ø  Trocar impressões sobre a crônica questionando se a maneira como o autor concluiu o texto, colaborou para a continuidade do humor.

Produção de texto: Após a construção oral, elaborar  escrita e  reescrita em dupla, favorecendo o aluno que apresenta maiores dificuldades. A dupla será composta por um aluno que tem mais facilidade com aquele que apresenta mais dificuldade)

Ø  Nas próximas aulas, apresentar para os alunos, textos como: anedotas, tirinhas, charges, crônicas, para que ele faça inferências sobre o humor implícito e explícito nestes textos. 

Elaborada por Sônia Maria Squissato Barboza

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Perfil

   Olá me chamo Andréa B. C. Rosa, tenho 26 anos e sou professora da rede estadual.      
   Atualmente leciono aulas de Língua Espanhola para o 1º ano do Ensino Médio, e atuo como professora auxiliar de Língua Portuguesa.

   Acredito que um dos grandes desafios de nossa profissão é resgatar o gosto da leitura em nossos alunos nesse mundo cheio de tecnologias. Cabe a nós desenvolvermos projetos que despertem esse interesse, por isso precisamos inovar na maneira de ensinar, e acredito que através do blog poderemos mostrar aos nossos alunos uma nova maneira de aprendizagem através das trocas de experiências.
Lembranças da leitura em minha vida

 Desde pequena sempre tive contato com livros. Meus pais sempre liam para mim; até que quando aprendi a ler não parei mais.
   Sempre fui estimulada, especialmente por minha mãe que era professora PEB I hoje aposentada, cresci rodeada de livros. 
   Lembro-me que quando criança ia à missa e trazia o folheto para casa só para poder ler com mais calma e atenção.
   Sou sócia até hoje da biblioteca municipal, embora faça algum tempo que não vou lá. A minha carteirinha ficava guardada com a bibliotecária, pois tinha medo de perdê-la. Todas as pesquisas, trabalhos em grupo eram feitos lá, pois não tínhamos acesso a internet. (Me lembro que sempre recorria a enciclopédia Barsa)
   Na escola não tive muita dificuldade em aprender, sempre tive ótimas professoras de Língua Portuguesa.
   Tive várias experiências de leitura; quando criança li vários livros, adorava os livros de Monteiro Lobato em especial "Emília no país da gramática", gibis da "Turma da Mônica" entre outros, já adolescente na 8ª série, li "Dom Casmurro" clássico do grande autor Machado de Assis, confesso que não compreendi muito bem essa obra, na verdade não gostei, acredito que foi falta de maturidade para compreender a magnitude da obra. Somente mais tarde na faculdade é que fiquei fascinada pelo famoso "triângulo amoroso" Machadiano.
   

Andréa B. C. Rosa

domingo, 9 de junho de 2013

Boas recordações...

Tenho boas recordações da minha vida escolar... Eu adorava minha escola, meus professores e, especialmente, a Tia Ana (professora da terceira série). Ela era querida por todos e parecia ser nossa "segunda mãe". Que saudade!
Lembro-me que, no final da aula, ela contava uma história para os alunos: contos de fada, lendas, fábulas e aventuras no "Sítio do Picapau Amarelo". Adorava Monteiro Lobato! Na época,  passava na TV e eu não perdia um capítulo! Até conheci o estúdio de gravação no Rio de Janeiro (Uma decepção! Fios por toda parte e, na televisão, era tão perfeito!).
Desde pequena, queria ser professora e minha brincadeira predileta era escolinha, mas eu era sempre a professora, é claro!
Não foi por acaso. Tenho certeza que as histórias da Tia Ana acabaram influenciando na escolha da minha profissão, pois "a leitura é uma atividade importantíssima para nossa formação. Em tudo que você lê há sempre alguma coisa a aprender, a descobrir e gostar".
Agradeço a querida Tia Ana pelo carinho, dedicação e, principalmente, por ter provado que o gostoso hábito de ler, depois de adquirido, me acompanharia pela vida toda.
Espero também ser um pouquinho da Tia Ana para meus alunos...
  

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Recordações da infância



        Tive uma infância maravilhosa. Morava em um pequeno sítio com meus país, irmãs e irmão. Era de lá que tirávamos o nosso sustento. A nós, crianças, ficava a tarefa de ajudar em casa, cuidando uns dos outros e brincar. Os que já tinham idade, iam à escola. Eu me lembro que para chegar até lá, tínhamos que andar uns 4 quilômetros de bicicleta.

        Eu adorava a escola, e me lembro que ficava encantada com a leitura que a professora Diana fazia, de lugares que eu nem imaginava que existiam. Não me lembro de ter livros que pudéssemos levar para ler em casa, só me recordo dela lendo para os alunos. Era uma escola pequena da zona rural.

       Só passei a ter contado maior com livros quando me mudei para a cidade. Já era adolescente, e como todas, adorava ler aqueles livros de romances comprados nas bancas de jornal. Morando na cidade, podia frequentar a Biblioteca Municipal, o que me fez tornar uma frequentadora assídua.

        Já a escrita, tomou uma forma maior nessa fase com meu diário, onde escrevia poemas, minhas tristezas, angústias, alegrias, enfim, o que toda adolescente vive nessa fase.

        Boas recordações...

        Hoje, a escola, apresenta uma grande opção de leituras, mas ainda há aqueles que não descobriram esse prazer, alguns por ainda não terem desenvolvido esse gosto, outros, por não terem sido apresentados a este mundo de encantamento.

       Como diz Contardo Calligaris “Ninguém é capaz de inventar uma vida a partir do nada”. É a partir da leitura que sonhamos, viajamos por lugares inimagináveis, e quando nos sentimos tristes e inseguros encontramos refúgio em nossa Pasárgada.

        Eu espero fazer a diferença na vida de alguns alunos, que quando tiverem que fazer um depoimento sobre o que se recordam das aulas de leitura, seja de maneira positiva e que guardem boas lembranças, como nós, em nosso depoimento.

Livro para aprender, descobrir e gostar

Li e ouvi depoimentos de diversas personalidades da nossa cultura sobre leitura e escrita. Concordo plenamente com Marilena Chauí: " o livro abre para mundos novos, ideias e sentimentos novos, descobertas sobre nós mesmos, os outros e a realidade". O livro sempre enriquece a gente e a riqueza que dele colhemos, ninguém pode tirar. Prova disso, são as obras de Monteiro lobato que li na escola, principalmente, o "Sítio do Pica-pau Amarelo" que marcou minha infância para sempre.
Adoro ler e, como a cronista Danuza Leão, também leio qualquer coisa que chegue às minhas mãos, pois há sempre alguma coisa que posso aprender, descobrir e gostar.
Mas, infelizmente, conheço jovens que afirmam que "ler não acrescenta nada", como exemplificou Fábio de Paula Xavier Marchioro em seu depoimento.É lastimável!
O importante é que as pessoas de nosso país - crianças, jovens e adultos - sejam incentivadas a ler mais e melhor pela família e pelos educadores que têm uma missão especial.   

quarta-feira, 5 de junho de 2013

LER: uma paixão a ser partilhada

Adoro ler, e leio qualquer livro que chegue até mim. O primeiro encantamento que vivenciei por um livro, aconteceu por acaso. Eu estava mexendo em uma velha estante na casa de minha avó quando encontrei o livro “David Copperfield” de Charles Dickens, comecei a folheá-lo e quando dei por mim, já tinha lido muitas páginas, me apaixonei pela história e daí por diante, os livros passaram a fazer parte de minha vida, se tornaram companhias com as quais aprendi me emocionei, me consolei.
Hoje, continuo uma apaixonada pelos livros e, apoiando- me em Danuza Leão, “sou uma anarquista mental”, às vezes, me pego lendo ao mesmo tempo, livro de poesias, de contos e romances; deixo um, pego outro, misturo todos eles. Consigo me deixar envolver, num mesmo dia por Cecília Meirelles, Machado de Assis,Isabel Allende ou ainda por uma biografia de Kafka.
Na escola, a pessoa que consolidou minha paixão pela leitura foi a senhora Celene Coimbra, minha professora no 1º e 2º anos de ensino médio. A adoração daquela mulher pela leitura me envolveu por inteiro e a paixão dela passou a ser a minha paixão. É, sem dúvida, somos a união dos exemplos que vamos abraçando ao longo da vida.
O exemplo de minha mentora me levou além da paixão pelos livros, me levou a querer contagiar mais pessoas com essa descoberta. Talvez esteja aí uma razão pra eu ter me tornado professora e incentivadora da leitura.
 Para mim, a leitura é isso: essa liberdade de se encantar e reinventar a própria vida ou, como citou Contardo Calligaris, “A vida é inventada a partir de uma combinatória de sonhos que já foram sonhados. A literatura é um meio de aprender a sonhar a própria liberdade”.


Os primeiros contatos com a palavra: encontros e reencontros.

Durante os primeiros anos escolares e mesmo antes deles, meu contato com livros foi muito  restrito. Não havia em minha casa estímulo à leitura, bem menos à escrita.  Mas lembro-me de um livreto, que pertencia a  meu  pai, cuja capa já não existia e ficava bem guardado. Foi a primeira leitura completa de um livro que fiz, por volta dos 8 anos.

Depois de muitos anos, em 2011, é que descobri que se tratava de um cordel original: " Zé Bico Doce, o rei da malandragem", de Paulo Nunes Batista. Fiquei encantada, e o reli depois de muito tempo. Me serviu na elaboração de um TCC em 2011. Era fascinada por Cordel sem saber que tinha um em casa.

Li o primeiro romance por volta dos 9 anos,  "O menino do dedo verde", como exigência de escola.  Gostei do personagem, mas pouco compreendi da obra. Na faculdade o reencontrei e só então o li com outro olhar e entendi a complexidade  do que era  uma narrativa fantástica, talvez tenha nascido aí minha predileção por esse gênero. Recordo-me de com 13 anos ler "Dom Casmurro", confesso que não gostei, e  não entendi o motivo pelo qual  o professor nos obrigou a ler um romance dessa complexidade na sétima série. Conheci  e compreendi  "Dom Casmurro" em profundidade na faculdade, e mais uma vez me surpreendi.

São histórias de encontros e reencontros com obras fundamentais que marcaram minha infância e cujos valores eu não poderia mensurar enquanto criança.

Meus primeiros contatos com a escrita foram difíceis, escrever para mim era árduo já nos anos de alfabetização (7 anos). Era necessário que a professora segurasse nas mãos para ajudar a cobrir os traços e formar as vogais. Compor descrições, olhar para uma sequência de gravuras e elaborar uma narrativa eram atividades recorrentes nas primeiras séries. Nos anos seguintes vinham as famosas "redações",  nome equivocado para produção de textos de opinião. Ao longo do tempo fui aprendendo sozinha a gostar de literatura e a falar em público, o que me motivou a ser professora de Português.



                                                                      

terça-feira, 4 de junho de 2013




Olá, leitores,
Este blog é resultante de um trabalho realizado durante o curso de formação continuada para professores PEB II de Língua Portuguesa: “Melhor Gestão, Melhor Ensino’’.
O curso tem por objetivo situar professores em práticas de leitura e escrita contemporâneas, em esferas digitais, levando-os ainda a utilizar o blog como recurso de aprendizagem em suas aulas, visto que, a escrita colaborativa em ambiente virtual possibilita o desenvolvimento da competência leitora e escritora.
Nosso blog se propõe a incentivar a leitura, além de abrir espaço para debater obras lidas, oferecer dicas de livros e autores, trocar experiências de leitura, pois o prazer da leitura deve compartilhado.
Que a alegria partilhada na elaboração dos conteúdos aqui postados, esteja expressa nas entrelinhas de cada texto.
Visitem-nos, serão bem-vindos.